Sinopse Quando os estandartes inimigos se aproximam, apenas a magia do escolhido é poderosa o suficiente para proteger o reino de Hynneldor. Contudo, a princesa herdeira desapareceu há muitos anos, e aqueles que ousaram procurá-la jamais retornaram. Mas a esperança é uma arma poderosa, e a descoberta de uma jovem na misteriosa Ilha de Ashteria pode mudar o destino de todos. O desconhecido sempre despertou os mais diversos pensamentos na mente das pessoas: medo, apreensão e, até mesmo, curiosidade. Flora era moradora da Ilha de Ashteria - um lugar extremamente calmo, que não lhe tirava suspiros românticos, e sim, lamentos de tédio -, que ao ser deparada com uma visita inesperada é obrigada a tomar uma atitude tão drástica que mudaria o curso de sua vida e de todos à sua volta; de seus oito irmãos, de seu pai, e também da pessoa mais importante em sua vida, sua mãe. Descobrimos, com a chegada de Dimitri e Nathair, que a garota é a herdeira do trono de Hynneldor, todavia, o mais impressionante é a forma com que a autora, Karen Soarele, nos apresenta tal revelação; não há rodeios ou motivos para lágrimas, não há frases que impactam, mas também não deixa nada a acrescentar: “Dimitri se voltou novamente para ela, e colocou as mãos ensanguentadas na cintura. Olhou-a por um momento, como se pensasse na melhor forma explicar a situação. Mas paciência não era uma virtude que possuía, e delicadeza também não. — Você é a herdeira do trono de Hynneldor. Seus pais morreram, e seu irmão assumiu. Mas a magia dele não é forte o suficiente para proteger o reino dos inimigos vindos de Vulcannus, e o povo está morrendo de fome” Pronto, com o trecho acima, acredito que todos tenham percebido: A família que Flora sacrificaria na sequência não era sua linhagem verdadeira. A partir de tal revelação, como é natural, instauram-se, na cabeça da garota, dúvidas, que se afloram e somam-se ao ódio. Ódio, pois julgava-se usada, enganada - tanto pela mulher que a acolhera ainda bebê, como o irmão mais velho, Latham, que sempre soubera da verdade e lhe privara. O que Flora desconhecia é que o rapaz a esteve protegendo o tempo todo; ao esconder sua origem, a intenção dele era de resguardá-la dos perigosos exteriores. Entretanto, depois de muito ponderar, a garota resolve partir em busca de respostas, visando reencontrar seus entes progenitores e, quem sabe, conseguir os esclarecimentos para as perguntas que se alojaram em seu âmago. Flora, ao passo em que viaja para tomar o trono, percebe que o reino carece de provimentos e, acima de qualquer coisa, proteção, pois uma guerra se aproxima. Ela trará a proteção que o povo precisa, ou ela não é a princesa perdida? Muitas garotas julgaram-se a herdeira, nenhuma assumiu a coroa. Por que com Flora seria diferente? Como a história é curta, devo ser sucinto também para que não lhes roube o encanto ao lerem o livro. Em um enredo repleto de traição e jogos de poder, o romance surge apenas como uma brisa suave através das páginas de A Rainha da Primavera, sem deixar de ser intenso. A forma com que a autora nos apresenta o romance entre duas pessoas que tão pouco têm em comum, nos faz refletir acerca de alguns valores que julgamos essenciais. Tal como a protagonista, que faz julgamento de todos os personagens que surgem na trama, podemos nos surpreender ao descobrirmos que nem tudo é o que se mostra, que o que estimamos certo se torna errado, apenas por um detalhe não aparente. Personagens: Flora: Por ter vivido longe de tudo, perdida em uma ilha que se isola do restante do mundo e onde a população é muito calma, a protagonista não é o tipo de pessoa guerreira, muito pelo contrário. Embora em alguns momentos possamos notar a sua força enérgica, Flora denota uma fragilidade ímpar, claro, resultado de uma privação excessiva – tanto do mundo que a rodeia, como de uma atitude mais impactante dos moradores da Ilha. Dimitri: Inicialmente, podemos sentir uma certa hostilidade da atitude desse protagonista, ele não se faz se desentendido, não usa meios termos, e muito menos demonstra seus sentimentos, entretanto, com o desenrolar da história, ele se mostra um exímio cavalheiro, sem deixar a habilidade no manuseio de espadas de lado. Nathair: Aparentemente um diplomata, é ele quem leva Dimitri até a ilha onde Flora estava abrigada. Um homem mais velho e experiente, que pode surpreender a todos com sua astúcia, ganância e... algo mais. Brodderick Carnell: Tido como o vilão da trama, ele é o general do exército dos Vulcannus, que deseja tomar o trono de Hynneldor. Um guerreiro de personalidade forte e, como não deveria faltar, arrogante. Há outros personagens, porém, sem impacto tão significativo no decorrer da história, portanto, mencioná-los seria visto como o tradicional “enchimento de linguiça”. O único ponto negativo do livro é que a autora não nos mostra com clareza a origem de Brodderick, o que o motiva a dar início a uma guerra tão desenfreadamente não fica muito visível. Apesar disso, A Rainha da Primavera é uma obra belíssima, e indicada ao público infanto-juvenil. Saiba mais:
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