Conheci o Ulisses há alguns meses, mas só tive contato com a sua obra, Esquimolândia, recentemente. Mesmo para quem não leu o seu livro e conversa com ele, fica claro que o autor é uma pessoa muito espirituosa, além, é claro, de bastante inteligente. Após a análise que realizei de Esquimolândia, gentilmente o Ulisses me concedeu uma entrevista. Confiram: Desenhando em Letras: Primeiro, gostaria de agradecer pelo carinho, pela confiança em meu trabalho e pelo tempo que você dispõe para responder a essas perguntas. Segundo, a sua obra, Esquimolândia, tem uma proposta um tanto inusitada, onde você conduz a escrita aos olhos de uma criança. O livro foi escrito quando você tinha dezesseis anos, então presumo que já tinha uma carga de vivência, ideologias e muitas horas de leitura. Por que optou por “fragmentar” os moldes “corretos” da escrita?
Ulisses Alves: Agradeço-lhe também a oportunidade da parceria. Você é realmente muito sensível à leitura. E lê as páginas do livro como um psicólogo que compreende reflexos do subconsciente. É muito legal ser lido por alguém assim. De fato, eu escrevi o livro aos dezesseis anos de idade. Nessa época eu já tinha alguma experiência de vida e, por sempre ter sido extremamente observador e concentrado, eu tinha, sim, muitas ideias e opiniões sobre a vida, o universo e tudo mais. Entretanto, eu não tinha, até então, nenhum hábito de leitura. Somente uma vontade e necessidade absurda de contar histórias. Eu costumava desenhar e passar horas andando em círculos em casa pensando em situações, personagens e histórias. Mas, um dia, decidi sentar e escrever um livro. Assim mesmo, sem mais nem menos. Mas não publiquei. Sobre os moldes da escrita, certamente que fugi de muitos, pelo fato de narrar me baseando na estrutura narrativa de filmes e desenhos que eu assistia na época. Eu simplesmente contei as histórias que surgiam das conversas entre amigos, através de um estilo literário completamente virgem, pois eu não tinha nenhuma referência literária. O livro mostra muito de mim por causa disso. É um livro que considero absurdamente sincero e quase ingênuo. Desenhando em Letras: Embora Esquimolândia tenha um teor mais cômico, justamente por como foi construído, o livro traz reflexões oblíquas sobre a família, que muitas vezes formam barreiras entre nós e nossos objetivos, amizade, que para tudo é um refúgio, e também mostra o que muitas pessoas relutam em enxergar: nem toda busca acaba em flores. Essa filosofia também está presente na sua vida, ou você tem outro olhar sobre essas questões? Ulisses Alves: Exato. Na vida real, existem frustrações. Na vida real, existem pessoas que tem um grande sonho, lutam por ele, fazem tudo certo, e, no final, não alcançam sua glória. Mas, para mim, tudo depende da maneira como você olha. Existem assuntos entediantes, mas que, se bem trabalhos, dão excelentes filmes. Tudo depende da maneira como o artista aborda o tema. Em Esquimolândia, a ideia é mesmo quebrar paradigmas de como as histórias têm sido contadas, em filmes, séries ou livros. Muitas vezes, em minha vida, eu faço tudo certo, mas alcanço o resultado errado. E, apesar de Esquimolândia ser um livro altamente fantasioso, sua essência é perfeitamente inspirada na vida real. Em questão de família, por exemplo. Minha família sempre foi muito desestruturada. Completamente fora dos padrões que definem o que é família. E já ouvi muita gente dizer que isso é péssimo para uma criança ou adolescente, para um ser humano em desenvolvimento, porque ele acaba se tornando desestruturado também. Entretanto, no meu caso, foi ótimo. Aprendi que a gente pode amar, respeitar e realmente se doar de corpo e alma para um desconhecido e se tornar extremamente importante, sem depender de laços genéticos. A vida é muito mais ampla do que a gente gosta de pensar que ela é. Desenhando em Letras: Por toda a construção textual, Esquimolândia é, sem dúvida alguma, uma das melhores ficções científicas que já li. A forma com que você soube harmonizar os conflitos internos dos personagens com a guerra civil que se instalava nesse planeta Terra confuso, além de palpável, foi magnífica. O que se passava na sua mente quando resolveu que deveria ser incluída no texto essa harmonia, que, mesmo involuntariamente, foi bem sutil? Ulisses Alves: Não sei explicar com clareza. Como eu disse, eu escrevi o livro com o coração. Sem referências literárias ou intenções concretas. Simplesmente traduzi em palavras o que minha mente guardava. O caos de Esquimolândia é algo impulsivo, fruto da euforia de meus 16 anos de idade. Mas a harmonia veio involuntariamente, de meu cérebro, tentando dar uma estrutura lógica ao caos. Até hoje eu tento repetir esse feito! (Haha). Desenhando em Letras: Esquimolândia apresenta múltiplos significados, mas todos acabam se mesclando em determinados momentos. Para você, o que esse livro representa? Ulisses Alves: Ótima pergunta! Esse livro representa a minha infância. Eu não sabia disso até o ano passado (2014), que foi quando os exemplares físicos chegaram na minha casa e eu deitei no sofá para ler, como leitor, pela primeira vez. Esquimolândia foi escrito em 2006. Em 2007 eu escrevi a sequência, Emocalipse. Depois escrevi mais dois livros da sequência, mas não cheguei à conclusão em relação aos títulos ainda. Entretanto, ao repassar em minha mente todos os quatro livros, consegui perceber isso. O primeiro livro, Esquimolândia, é leve, simples e divertido. Como a infância. Não quer dizer muita coisa. Ele diz o que diz e pronto. O segundo livro (que devo publicar no ano que vem) explora mais a psicologia de cada personagem, tem uma história mais desenvolvida. O livro em si é mais longo e detalhado. E fala muito de amor não correspondido e a insegurança de alguém que ainda não encontrou seu lugar, em um mundo cheio de conflitos. Esse certamente reflete a minha adolescência, cheia de inseguranças, dúvidas, caminhos duvidosos e inúmeros amores não correspondidos. Depois minha narrativa amadurece, nos dois últimos livros. A realidade e a fantasia se separam completamente e entram em conflito. E isso, percebi, foi o meu momento de vida adulta. Quando fica claro que não somos mais crianças e não podemos voltar para aquela vida segura, leve e divertida. Isso ficou muito claro para mim, pois nunca mais consegui escrever de maneira livre, leve e divertida, como em Esquimolândia. Ou seja, aprendi, dez anos depois, que eu escrevo com o coração. Pois todas as minhas obras falam demais sobre mim. Esquimolândia, leve, objetiva e divertida, representa a minha infância. O segundo livro, evidentemente trata da minha adolescência. É um livro divertido, intenso, cheio de romance e decepções. O terceiro e o quarto livro me deixaram claro que não dá para ser adulto e continuar a ser livre como uma criança. Por isso, não vejo a hora de publicar toda a coleção. Porque, individualmente, cada livro não diz muita coisa. É preciso todos juntos para mostrar essa evolução. Desenhando em Letras: Não podemos deixar de reparar que, na obra, há diversas referências à cultura nerd, como Star Wars, por exemplo. Você vê essas referências como uma inspiração ou apenas um reflexo por tanto tempo acompanhando as séries épicas? Ulisses Alves: Eu sempre fui fascinado por filmes e desenhos animados. No meu livro tem muitas referências, sem dúvidas de tudo o que amava, e ainda amo. E também referências a acontecimentos que estavam em alta na época, e eu queria dar minha opinião sobre. No livro tem Star Wars, Pokémon, Bin Laden, Pink e Cérebro, Sailor Moon, Senhor dos Anéis, Papai Noel, Playstation, um Trenzinho que é característico aqui em Teresópolis, bairros como Caxangá e 40 Casas, também aqui da minha cidade, etc. Desenhando em Letras: Para encerrarmos, qual é a mensagem que você passaria para as pessoas que ainda desconhecem o seu trabalho? Ulisses Alves: Através da leitura das minhas obras, eu gostaria que as pessoas se permitissem mais. Que as pessoas se deixassem levar mais em seu dia a dia. Eu gostaria que, através das minhas histórias e personagens, os leitores pudessem perceber que eles são seres humanos maravilhosos. Que suas qualidades positivas são dádivas deliciosas e que seus defeitos são tempero para aumentar o charme físico ou de caráter. Por exemplo: na minha opinião, pimenta é ruim. Não é agradável comer pimenta pura. Mas se você coloca um pouco em um prato gostoso, o que é bom fica ainda melhor. Ulisses, muito obrigado por essa incrível experiência. *....* Após nos entregar seu livro, Metamorfose da Vida, eis que a Marcia de Assis nos reserva um tempinho para responder algumas perguntas. Confiram a entrevista completa abaixo: Desenhando em Letras: Primeiro, gostaria de agradecer pelo carinho, pela confiança em meu trabalho e pelo tempo que você dispõe para responder a essas perguntas. Segundo, para dar vida à Metamorfose da Vida, seu primeiro romance, foi necessária bastante pesquisa, pois a personagem é escocesa e a cultura nesse país europeu é completamente diferente da nossa. Por que optou por usar esse país, especificamente, como pano de fundo?
Marcia: Certa vez, vi no discovery channel, que a Escócia era um país essencialmente místico, que concentra lendas de bruxas, fantasmas e castelos mal assombrados. E esses me ajudaram a compor uma atmosfera sombria e nublada para a protagonista, que vivia no “escuro”, não sabia nada da vida, não tinha nenhum preparo, nenhuma malícia. E é justamente assim que nos encontramos quando não temos conhecimento. Será que fui feliz nesta metáfora? Desenhando em Letras: Na obra, a aldeia indígena que é apresentada, a Inamawá, não teve muito contato com o “homem branco”, então há ainda uma certa rusticidade. Eles têm a infelicidade de ter seu território devastado por uma madeireira ilegal, e veem no próprio homem branco a sua salvação. Por que essa abordagem, já que os homens brancos sempre foram a causa da destruição da cultura indígena? Marcia: Achei que seria uma forma justa do homem branco se redimir com o histórico de exploração. O que é mais engraçado é que no dia 15/3/15 esta foi exatamente a chamada do Fantástico: “índios que vivem isolados sofrem invasão de madeireiras ilegais e pedem ajuda”. O texto foi escrito em 2012, mas infelizmente, este problema é ainda mais antigo. Achei que como cidadã brasileira eu devia fazer esta denúncia. Aprecio a literatura com engajamento social. Resgatei o indianismo de José de Alencar e o realinhei aos dias atuais com as cores cruas do realismo. Desenhando em Letras: A personagem Vida traz consigo a marca do desesperado, consequentemente, da própria infelicidade. Diversos autores deixam o roteiro apenas fluir. Você idealizou toda essa trajetória para a protagonista, ou deixou ao acaso? Marcia: Quando eu sentei decidida a escrever um livro, juro que não pensei em nada. Apenas sentei diante do note, e o texto fluiu como se alguém estivesse ditando. Meus dedos batucavam freneticamente e quando vi os personagens e seus conflitos se desenhando diante de mim foi uma sensação única. Agora, depois de quatro anos, vejo que eu estava escrevendo a minha própria trajetória, cheia de percalços, revelações e mudanças. Desenhando em Letras: Um ponto forte do livro é a abordagem acerca da Morte; a maioria dos personagens teve alguém cuja vitalidade fora roubada pela “dona de preto”. Amana, meia-irmã índia de Vida, a vê com naturalidade, algo banal da existência de toda criatura. Qual é a sua visão a respeito da Morte? Marcia: Pode parecer frio, mas enxergo exatamente como Amana: a morte é algo natural a todos os seres vivos. Inevitável. Eu diria ainda que a morte é um mecanismo inteligente de limpeza. Se não fosse a “dona de preto”, como bem mencionou, isto aqui estaria inabitável. Certamente o homem já teria antecipado a exploração de outros planetas. Desenhando em Letras: Metamorfose da Vida lhe rendeu o título de membro correspondente na Academia de Letras do Brasil seccional Araraquara, justamente por seu caráter denunciativo quanto a questão ambiental. Qual foi a sensação ao ter seu trabalho reconhecido? Marcia: Eu acredito que todo escritor busca isso, mas no meu caso, aconteceu mais rápido do q eu esperava. Demorei semanas para digerir esta notícia. No dia da posse, 11/9, acho q vou surtar. Ainda estou em êxtase! Espero conseguir mais títulos e premiações! Quero seguir escrevendo. Quero contribuir ainda mais à literatura brasileira. Desenhando em Letras: A obra por si só tem uma mensagem bastante reflexiva, tanto na questão ambiental, como a morte, os costumes que julgávamos esquecidos ou até mesmo culturas que não nos permitimos conhecer – ou ignorávamos. Qual tinha sido a sua intenção ao criar a história? Você julgou necessário esse aspecto analítico? Marcia: Sendo bem sincera, eu criei esta história com a única intenção de realizar o sonho de publicar um livro. Ou seja, não pensei em público, mercado editorial, margem de lucro, apelo comercial, enfim...no entanto, a medida que fui escrevendo, percebi que tinha o dever de oferecer ou compartilhar reflexões. É esse o papel da literatura: fazer-nos pensar em nosso lugar no mundo. Sendo assim, eu quis proporcionar ao leitor, algo mais profundo do que um romance erótico superficial. Mas não é todo mundo que está preparado a uma leitura um pouco mais “densa”. Desenhando em Letras: Para encerrarmos, qual é a mensagem que você passaria para as pessoas que ainda desconhecem o seu trabalho? Marcia: Eu gostaria de convidar os amantes de literatura a conhecer Metamorfose da Vida, uma obra que traz mensagens de superação, persistência, busca espiritual e amor. Vamos apoiar a literatura nacional! Marcia, muito obrigado por essa incrível experiência. *....* Leia a Resenha de Metamorfose da Vida A nossa primeira entrevistada é a Carolina Utinguassú Flores, uma autora excepcional, além de ser uma pessoa incrível e muito simpática. Confiram a entrevista abaixo, e descubram um pouco mais acerca de seu trabalho. Desenhando em Letras: Primeiro, gostaria de agradecer pelo carinho, pela confiança em meu trabalho e pelo tempo que você dispõe para responder a essas perguntas. Segundo, ao ler Medo da Chuva, seu conto publicado na coletânea Contos de Som e Silêncio, e que foi inspirado na música do Raul Seixas (ponto muito positivo), me fez ter uma visão bem diferente acerca dos momentos finais de um casamento. O que, de início, eu levava com naturalidade, tornou-se algo mais surreal, pois todas as dúvidas que surgem pela mente do protagonista me fizeram refletir bastante. Casamento não é somente um “eu aceito”, é a assinatura de um contrato que se baseia em amor e confiança. Qual era a sua intenção ao escrever esse conto? Que tipo de sentimento você desejava que fosse despertado nos leitores?
Carolina: Quando eu escrevi o conto, tentei unir a imagem que tinha da música e algo que pudesse despertar uma interpretação crítica pelo leitor. Então pensei no tipo de casamento que apenas serve de aparência, seja pra quem tem filhos e não quer magoá-los separando-se, seja pra quem é, de certo modo, carente e resolve se casar com alguém que cuida da sua casa, da sua saúde, mas, por outro lado, sufoca com ciúmes ou sentimentos de posse. Isso acontece muito na sociedade, o comodismo nos leva a ter medo da busca pela felicidade, isto é, ter medo da chuva. Desenhando em Letras: Ainda na “vibe” de Medo da Chuva, o que você julga essencial para que um casamento perdure? Carolina: Desde o início de um relacionamento deve-se manter o respeito, o companheirismo e a vontade de agradar ao parceiro; sendo assim, como tudo na vida, ser gentil vira costume. Quando nos acostumamos a agradar, o outro sente a mesma necessidade, o que se torna um processo cíclico. Desenhando em Letras: Em 2014, você foi premiada no concurso literário de Presidente Prudente – o Ruth Campos, pelo conto A Madrugada. Acredito que a experiência foi extremamente agradável, e gostaria de saber o que você sentiu ao ter o seu trabalho reconhecido. Carolina: Eu me senti muito emocionada principalmente pelo fato de ser uma cidade que proporciona muitos eventos culturais. Apesar de ser interior de São Paulo, a prefeitura de Presidente Prudente dá muito valor ao conhecimento e à cultura em geral. Estive na feira do livro deles, assisti a palestras, e o evento de premiação foi muito bem-elaborado, com homenagens, um grupo de música clássica e leitura de poemas. Além disso, amei conhecer novos lugares! Desenhando em Letras: A Madrugada é outro conto que traz uma reflexão bastante intensa. Ao contrário de Medo da Chuva, cuja ponderação é sobre o que eu julgo como início de uma nova vida (o casamento), esse conto aborda uma questão mais fúnebre, mas sem deixar a comoção de lado. Não se refere apenas à morte em si, mas abrange também a questão de uma alma amargurada, cheia de incertezas. Embora a morte seja algo natural, pois todos morreremos um dia, ela ainda é vista com receio; há quem tente evitá-la, inutilmente, assim como há aqueles que a aceitam. Qual é a sua visão a respeito desse fenômeno? Carolina: Realmente é um tema de muitas opiniões, que se divide, geralmente, entre os adeptos do espiritismo e do ceticismo. Para quem acha que a vida continua, que estamos sendo observados e rodeados por seres de outra dimensão, é mais fácil se identificar com a história. Talvez os que não acreditam nessa possibilidade tenham mais medo ainda da morte, do fim. E há, ainda, aqueles que não pensam nisso. De qualquer forma, é um assunto repleto de simbolismos e que envolve psicologia, tempo e memórias. Tanto crianças como adultos têm incertezas e podem julgar que não há nada mais importante nesse mundo quando perdemos um ente querido. Só há duas opções, ou você vive da melhor forma possível, ou se entrega a um mundo que não terá volta neste tempo; mesmo que sua alma volte, o cenário e os personagens do jogo já terão mudado, e a sua memória também. Então começa tudo de novo, rumo à estaca zero. Desenhando em Letras: Seu próximo trabalho, que será lançado em 2015 e que ainda não foi intitulado, será um romance, mas com um plano de fundo diferente: assassinatos de uma psicopata sexual. Que experiência podemos tirar com mais essa história? Carolina: Um dia quero fazer histórias apenas bonitas ou, quem sabe, de ficção científica, mas ainda não consegui deixar de ser uma pessoa crítica. Quero fazer os leitores pensarem nas origens do mal e nas consequências da hipocrisia e da cegueira. Acho que a literatura tem papel fundamental na nossa cultura. Minha intensão, em meu próximo trabalho, é divertir com cenas arrojadas e picantes e ao mesmo tempo apresentar realidades sociais que nem sempre nos damos conta ou que, ainda, permanecem sem solução. O título do meu livro é Plátano & Bordo: de fora para dentro, pela Editora Multifoco. Espero que gostem. Desenhando em Letras: Ao contrário de alguns autores, que se prendem a um único gênero, você escreve sobre tudo um pouco. Já se perdeu em algum momento, sem saber ao certo o que escrever ou como dar continuidade? Carolina: Na verdade não, quando eu penso em um tema e um motivo, apenas escrevo. Posso escrever sobre qualquer coisa e associar a uma ideia principal, afinal, escrever um livro é um projeto. Por isso, é preciso fazer muita pesquisa, para que a história pareça verossímil. Desenhando em Letras: Para encerrarmos, qual é a mensagem que você passaria para as pessoas que ainda desconhecem o seu trabalho? Carolina: Para os amantes da literatura, convido-os a conhecer meu blog (Refletir na Árvore), meu romance que está a caminho e, se possível, que façam comentários (adoro)! E para os que preferem ver filmes ou novelas, sugiro que não somente conheçam meu blog, mas que também criem o hábito da leitura, pois, além de adquirir cultura, é importante visitar outros mundos, fugir da loucura da vida real e imaginar — considerando que esse é um elemento que filmes, novelas e séries nos tiram: nossa imaginação individual. Carol, muito obrigado por essa incrível experiência. *....* Leia a Análise do livro Contos de Som e Silêncio, que a Carolina foi coautora. |
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