Sinopse Nas terras longínquas do Reino de Arvoredo, os habitantes já estavam acostumados com um príncipe fora do tradicional. Phelipe, o herdeiro superestimado do trono tinha uma condição exótica e que fazia os moradores do Reino se perguntarem: “Como alguém pode ser tão gelado?”. A resposta para a pergunta não era simples e esmerada. Na verdade, era muito complexo entender o que tornara a majestade, um homem tão frio e indiferente. Uma confluência de eventos trágicos tornou Phelipe um Príncipe Congelado. Não é nenhuma metáfora quanto aos seus sentimentos humanos, o príncipe de Arvoredo realmente foi acometido por uma estranha condição e se transformou em um ser gelado. O processo, maravilhosamente bem explicado pelo autor, iniciou-se em seus pés até que atingiu os cabelos.
Motivo de piada no reino, Phelipe decidiu, assim como a sua mãe fizera anos antes, se isolar em seu castelo, enquanto o reino sofria com um inverno intenso que se iniciara e que se prolongaria por décadas se algo não fosse feito. Aconteceu que a novidade sobre um príncipe de gelo se espalhou e, com ela, chegou uma interessada em conhecer a estranha alteza, a princesa de fogo, que, a princípio não conquistou o afeto do jovem, mas que, com a convivência, provou ser tudo o que nele precisava para superar aquela “fase difícil”. Embora o livro seja escrito de forma mais adulta, onde o autor, Raigor L. Ferreira, faz uso de uma linguagem um pouco mais rebuscada, a leitura é indicada ao público infanto-juvenil. Isso, é claro, não anula a possibilidade de que um adulto possa apreciar a obra, pelo contrário. Justamente por ter criado uma história para adolescentes e incluído um linguajar que os adultos compreenderiam com maior facilidade, o autor provou ser de uma sagacidade ímpar, aproveitando, dessa forma, ambas as realidades. Através de parágrafos sucintos, o leitor não somente sabe o que o protagonista está vivendo, como pode compreender a sua transformação, afinal, graças às tragédias, na vida real, todos passam por uma mudança. Alguns mais sutilmente que outros. Na obra, contudo, a transformação do Phelipe foi evidenciada mais nitidamente. No mundo real, essa “fase ruim” nos renderia alguns dias de internação. Sinopse: João Roberto, conhecido por todos como Johnny — O Rei dos Pegas — acabara de completar “Dezesseis”. Estereotipado como “rebelde sem causa”, levava uma vida desregrada, ao lado dos amigos, mostrando-se o cara legal e o maioral. Desejado por muitas garotas, sempre vencia os rachas que participava. Porém, ele não contava com um sobressalto do destino... Assim, apaixonou-se por Ana Cláudia, uma linda e doce garota que se tornaria sua salvação, bem como sua perdição. Dentre tantos conflitos e percalços para ficar ao lado de seu grande amor, Johnny entra de cabeça em uma disputa com destino à estrada da morte. Inspirado na canção “Dezesseis” — da banda brasileira Legião Urbana — este é um enredo de amor recheado com muitas aventuras. Apaixone-se, retorne no tempo, relembre seus “Dezesseis”... e seja, você também, um “rebelde sem causa”... Uma das certezas da vida é que o amor entre duas ou mais pessoas nunca surge do nada, tampouco impede que sacrifícios se tornem necessários no decorrer da relação ou que os envolvidos se magoem no fim. João Roberto, ou Johnny – O Rei dos Pegas, tem apenas dezesseis anos e já é muito conhecido em sua cidade. Além dos rachas ilegais, sua popularidade é regada a boas doses de bebidas e drogas. Entre uma “ficada” e outra, o garoto nunca se apaixonou verdadeiramente e também não se importava com isso, até que a Ana Cláudia apareceu, como uma brisa repentina que passa de mansinho percorrendo nossos corpos e que deixa um vazio interior após a partida. Inspirada na música “Dezesseis”, da banda Legião Urbana, a obra é repleta de aventura, mistério e, principalmente, amor; seja entre mãe e filho, entre amigos, ou o amor na sua essência mais carnal: entre homem e mulher. No início do livro foi complicado assimilar que o protagonista tinha somente dezesseis anos, pois a história – narrada em primeira pessoa – é tão rica em linguagem que se torna impossível imaginar que um adolescente – ainda mais sem ter interesse algum em estudos, como é o caso do Johnny – a tenha escrito. Mas, quanto a isso, não se preocupe; nas últimas páginas fica subentendido o porquê de ele escrever tão bem. Afora isso, compreender a inconsequência do personagem foi ainda mais cruel. É certo que, hoje, os jovens se marginalizam com bastante facilidade, afinal falta uma terapia muito utilizada nos meus tempos juvenis: uma boa surra. Contudo, ninguém – além do delegado - vê o Johnny como um marginal, e todos o idolatram ainda mais quando o garoto está “louco”. Pelo livro ter sido escrito sob a perspectiva do Johnny, é claro que ele daria às suas atitudes uma visão mais romântica, mostraria os fatos de modo que desse a entender que tudo o que fez foi por amor, que era para um bem maior e coisa e tal, mas, para o leitor, fica evidente o quão imprudente ele é e, sobretudo, comprova a sua má índole, ao menos no início: ele não se importa com os sentimentos da mãe, embora afirme o contrário, ele se droga sem pudor algum, também participa de rachas onde coloca a sua e a vida de outras pessoas em risco e, fatalmente, importuna a única garota que conseguiu amar na vida até que ela cedesse ao cansaço e se entregasse à paixão. Para alguns, o Johnny tem a personalidade forte – o que não é mentira -, e que está se divertindo enquanto perambula pela cidade em busca de perigo. Mas adolescentes não podem se divertir de outras maneiras, sem fazer uso de drogas, sem beber em abundância e sair “cantando” pneu por aí? Isso, contudo, é apenas uma observação, não uma crítica à obra, que foi orquestrada de maneira magistral, onde a autora, além de dar vida a um dos personagens mais marcantes da música brasileira, preencheu lacunas que a canção deixava no ar: como o coração dele foi partido e por quê? Intenso, sincero, dramático e apaixonante são os adjetivos que uso para classificar “Dezesseis – A Estrada da Morte”, da Simone Pesci. FICHA TÉCNICA:
Título: Dezesseis Subtítulo: A Estrada da Morte Autora: Simone Pesci ISBN-13: 9788555600104 ISBN-10: 8555600103 Ano: 2015 / Páginas: 318 Idioma: português Editora: Tribo das Letras Coincidentemente ou não, poucos dias após o feriado de Finados, eis que a continuação de "A Morte Veste Roxo", do João Marciano Neto, vem à tona. A saga, dividida em três volumes, acaba de ter o livro dois, A Garota do Olhar Escarlate, lançado. Dessa vez, somos apresentados à vida da Phenex, ou Samantha, uma criatura que passa eras combatendo o desequilíbrio no mundo sobrenatural até que tem de trabalhar com um casal a fim de limpar uma certa sujeira que deixou séculos atrás. Repleto de ação e aventura, o leitor não vê outra saída a não ser embarcar em um navio demoníaco, cujo destino é o terror sobrenatural do mundo oculto. "Em A Morte Veste Roxo, apenas flertamos com uma rasa superfície do universo sobrenatural. Em A Garota do Olhar Escarlate, o leitor vai entrar de cabeça e sem qualquer aviso prévio. Literalmente as coisas vão brotar como se estivessem sempre lá, nós que nunca as notamos antes", afirma o autor. Demônios, assim como no primeiro livro, fazem parte dessa obra e, outra vez, admito que mexer com o sobrenatural com tamanha naturalidade é uma característica muito positiva do João. "Eu padronizei que existem nos demônios níveis diferentes, do mais baixo a extravagantes doses, certo orgulho/soberba, e com isso às vezes quebram a cara por subestimar as coisas" Sem dúvida alguma, a continuação é tão boa - ou melhor - quanto o primeiro livro da série, pois mostra, de forma mais profunda, conflitos que nós humanos conhecemos bem, mas que jamais imaginaríamos que demônios também os possuíssem. Desenhando em Letras: A série por si só um teor reflexivo muito forte, em especial por tratar da morte como tema principal, além, é claro, dos demônios que rondam a trama. Houve um estudo quanto à questão dos vivos que não conseguem morrer, ou você observa como uma metáfora sobre as pessoas que, mesmo em vida, se tornam tão vazias ao longo do tempo que as vemos como mortas? João Marciano Neto: Sim, Alberto é uma metáfora. Vivemos num mundo em que cada vez mais as pessoas se fecham e se "robotizam", valorizando apenas o trabalho em total detrimento a vida pessoal. A Morte é um dos meus personagens mais vívidos, e não apenas por livre ironia. É mais um caminho, uma justificativa para falar de outros assuntos. Eu escrevi A Morte numa crise, numa fase que eu recebia altas pressões por ter largado uma faculdade e não ter passado logo noutra. A Garota já foi num momento de forte depressão; se a Morte tem meu lado mais extrovertido, Samantha carrega fortemente o outro lado. Não vou falar do terceiro agora, mas eu lido com questões relacionadas "ao que fazer com a vida", então não acho que o tema seja exatamente a Morte, mas sim certas doenças humanas, como a depressão, a culpa, a apatia, a idolatria do trabalho, a negação da ajuda, o isolamento, a carência, a insegurança, o excesso de confiança, e como resposta eu tento (é bem mais uma tentativa mesmo) revelar o poder interno das pessoas se curarem e mostrar certos valores em viver e que certos sacrifícios são egoístas, mas principalmente que às vezes grandes feitos vêm de pessoas que não acreditam serem capazes de fazerem, e ninguém mais sequer acredita também. É mais nessa linha. O que esperar de um livro escrito por uma pessoa de opinião forte? Leia e descubra. Sinopse Phenex já teve muitos rostos e muitos nomes. Por milênios tem se dedicado duramente à tarefa de redenção, combatendo o desequilíbrio no mundo sobrenatural não importando o quanto custará sua missão, ou o quão doloroso pode vir a ser. Após seu último sacrifício, reencarna como Samantha e se esconde até finalmente ter idade o suficiente para voltar à ativa. No exato momento de sua fuga, ela recebe sua próxima missão de risco. Cansada e sem saber direito como lidar com seu novo eu, Phenex/Samantha se vê obrigada a cooperar com uma inusitada e destrutiva dupla para resolver um problema que pode ter começado quando seu nome ainda era Belchior. Book Trailer Capa oficial
SINOPSE: A busca pelos novos guardiões chegou ao fim... Durante séculos eu procurei por eles, os descendentes dos cinco povos antigos, que tomarão para si o legado se seus antepassados e restituirão o equilíbrio entre as nações, devolvendo a magia ao seu lugar de direito e salvando o mundo de um destino cruel A extinção. Mas antes que eles possam realizar tal milagre, eles devem aprender a magia dos elementos. Não peço que nenhum de vocês acredite em magia, apenas vejam a mistura de cada elemento dando origem a uma nova, e por vezes inexplicável fonte de vida. Separados estes elementos parecem não surtir efeito mais juntos tem uma força capaz de mudar o rumo de todo um planeta. E como antigo guardião, é meu dever ensina-los a trilhar o caminho. Os Guardiões, o primeiro livro da série Anjos de Metal, do Apollo Souza, nos mostra a vida de determinado grupo de adolescentes que, mesmo tão diferentes, compartilham de similaridades. Alice, Lucca, Tonny, Jimmy, Drew, Adam e Az formam o grupo em questão. Az e Alice são os únicos que não se tornam guardiões, mas eles também têm semelhanças com os demais adolescentes. Alice é vampira e, ao contrário da maioria dos seres noturnos, que precisa ser mordida e transmutada, a sua condição é natural, do nascimento. Dessa forma, a sua mãe e ela vivem em constante fuja, pois os vampiros acreditam que o nascimento da garota vai contra tudo o que eles prezam (tradicionalismo desmedido). Az, em contrapartida, é um humano nerd que, após a mudança da Alice para a casa em frente à sua, passa a observar seus passos. Lucca descende de magos, também é nerd, e pouco se importa com a magia; tenta seguir os passos do pai, que é um mago famoso no mundo todo, mas sempre fracassa nas tentativas de executar os feitiços. Tonny, Jimmy, Drew e Adam também descendem de criaturas mágicas e fazem parte de uma banda com Lucca, os Anjos de Metal. Com os personagens devidamente apresentados, partirei para a análise, afinal o livro é curto, e eu não pretendo revelar muito sobre o enredo. Logo de cara, percebemos que a obra foi escrita para adolescente, tanto pela linguagem mais simples quanto outros aspectos que observamos conforme a leitura avança, como referências à cultura nerd, por exemplo. Tudo gira em torno de uma missão: reunir jovens que se tornariam Guardiões e protegeriam o mundo. A história foi bem construída, o autor soube criar um envolvente cenário de mistério, onde tentamos descobrir o porquê de diversos acontecimentos que perturbam os personagens, assim como todas as lacunas são devidamente preenchidas quando o final se aproxima. Por ser o primeiro livro, o autor acreditou que o final mais aberto seria o ideal para que o leitor procurasse os livros restantes, mas isso foi um erro cruel. A história se desenvolve maravilhosamente bem, foram evitados os tradicionais enchimentos de linguiça, porque tudo ocorreu de forma rápida e com os detalhes necessários, apenas. No entanto, o final foi decepcionante, ao menos para mim. Apesar de tudo ter sido bem conduzido, no ápice da trama, acaba. Sem mais nem menos. Claro, dando um gancho para o livro seguinte. Mas isso, se fosse evitado, com certeza deixaria a obra muito mais atraente. O final da obra, entretanto, não é um demérito da referida, afinal, com Os Guardiões, percebemos que nem sempre laços de sangue são os melhores que alguém pode ter, nos ensina que amizades verdadeiras existem para nos dar suporte em todos os sentidos e, claro, deixa evidente que o mundo precisa de proteção. FICHA TÉCNICA
Autor: Apollo Souza Título: Os Guardiões Série: Anjos de Metal ISBN-13: 9788541607261 ISBN-10: 8541607267 Ano: 2014 / Páginas: 172 Idioma: português Editora: Biblioteca 24 horas SINOPSE: Eena ainda não está certa do que realmente é, e no reino de Valera após sua luta nas masmorras de Largo, ela passa a seguir seus extintos nessa nova aventura. Não acredita que seus poderes serão o suficiente quando a profecia chegar. No entanto, seu único objetivo é descobrir a verdade sobre a profecia e o que ela significa para si. Barron, agora rei está prestes a conseguir o último ingrediente parar conseguir retirar a magia de todo o reino de Valera e escravizar seu povo. Eena parte em uma viagem para R’dok, a cidade dos anões levando consigo um filhote de dragão que supostamente possui o segredo de sua existência. Eena lutará contra o tempo e precisará agir rápido, antes que Barron destrua seu lar e a esperança de seu povo, no entanto, ela terá que acreditar no que realmente é ou não conseguirá ir contra o tirano Rei. Outra vez falarei sobre uma obra da Mylena Araújo, que, por sinal, é uma grande amiga e parceira. Agora, convido-os a lerem minha análise sobre O Medalhão Ígnis, o segundo livro da trilogia Valera. Ao contrário de A Herdeira de Ótavos, o primeiro livro da série, que dá ênfase à vida da Eena, a portadora de uma antiga profecia e que deveria derrotar Barron para que seu reinado de terror chegasse ao fim em Valera, O Medalhão Ígnis nos apresenta mais um pouco à vida do David, o irmão ilegítimo da herdeira. Não posso dizer que a participação desse personagem tenha sido inconstante na primeira obra, afinal foram páginas e mais páginas em que ele demonstrou ser um trunfo na guerra que viria, no entanto nesse outro volume David é mostrado mais nitidamente. Explico: em A Herdeira de Ótavos, David foi capturado por Barron e, bem, houve uma confluência de fatores que culminou em sua ruína. Sua fama se espalhou pelo reino e, com ela, as pessoas começaram a temê-lo, também. Em O Medalhão Ígnis, contudo, David tenta a todo custo mostrar que as pessoas estavam erradas sobre ele, que, na verdade, tudo o que houve não foi por ter uma má índole e que em sua essência habita algo melhor que aquilo que todos conheceram tempos atrás. Em contrapartida ao cenário de guerra que se instala em Valera, David acaba conhecendo Elora, uma elfa arrogante, e, então, acompanhamos um romance surgindo aos poucos, que pode ou não terminar em algo bom. Como dito na análise de A Herdeira de Ótavos, Eena não é uma jovem burra. Em O Medalhão Ígnis, o leitor capta uma garota mais madura e determinada, que já tem noção do quão importante é para Valera e que também tem – quase – todo o conhecimento sobre sua origem e magia. Raras são as vezes que entro em detalhes sobre o enredo em si, afinal acabo tirando - involuntariamente – o prazer da descoberta, então garanto, apenas, que Valera, sendo um mundo mágico, reúne diversas criaturas fantásticas, todas com seus costumes e, principalmente, mistérios. A maioria dos povos age com tamanha naturalidade quando deparada com algumas questões que muitas vezes o leitor se perguntará até que ponto aquilo é real, ou mesmo se determinado povo sabe o que de fato está acontecendo ao seu redor, ou se esse povo em questão esconde algo. A Mylena, sem sombra de dúvidas, sabe como conduzir a escrita de forma magistral; o Mundo, tal como seus povos, fora construído tão bem e com uma riqueza de detalhes tão sublime que enquanto lia eu consegui me situar, vivenciar cada situação e até mesmo sentir a aflição dos personagens. Raras vezes fico sem palavras diante de um livro, em especial quando desejo apresentá-lo a alguém, mas terei que resumir o que O Medalhão Ígnis é: sensacional. Há guerra, há intrigas, há jogos de poder, há aventura e há muito romance. Em suma, tudo o que uma boa obra deve ter e um pouco mais. Em parágrafos sucintos, Mylena conduz o leitor a um mundo onde a magia em si não é mais importante que o amor, o amor entre irmãos, entre povos, entre pai e filha, enfim, o amor na sua essência mais pura. Ficha Técnica:
Título: O Medalhão Ígnis Série: Valera Autora: Mylena Araújo Ano: 2015 / Páginas: 240 Idioma: português Editora: TDL Hoje resolvi tirar o dia para me dedicar ao blog e, portanto, divulgar novos talentos. Conheci o Vinícius Fernandes há alguns dias em uma rede social e descobri um pouco sobre sua obra, Graham - O continente Lemúria, que é um dos livros mais vendidos no site da editora durante o seu primeiro ano de lançamento. Vamos saber um pouco mais sobre a obra e o autor? Sobre o autor: Vinícius Fernandes nasceu em São Paulo, no dia 25 de fevereiro de 1992. Conheceu o mundo literário com 7 anos, depois de aprender a ler. Então, aos 12, criou sua primeira história, que se estendeu por uma trilogia não publicada. Também escreve contos que publica em seu blog pessoal. Escrever desde os 12 anos de idade permitiu-lhe aprimorar suas habilidades até chegar ao seu primeiro romance sólido, Graham – O Continente Lemúria, que assina sob o pseudônimo de A. Wood. Formado pela Universidade São Judas Tadeu em Tradução e Interpretação, o autor atualmente mora em São Paulo, onde atua como professor de inglês, tradutor e intérprete. Sobre a obra:
Sinopse: “Essas criaturas malditas existem. São tão reais quanto qualquer pessoa. Elas existem, estão entre nós, e eu odeio todas elas. Quero vê-las mortas, torturadas, dizimadas. Estou aqui apenas para isso. Aniquilá-las uma por uma.” Peter Graham é um caçador de vampiros, mas não foi sempre assim. Antes era um rapaz homossexual que enfrentava as dificuldades de uma sociedade dividida entre a aceitação, o respeito e a repugnância à sua condição. Tinha amigos, amores, preocupações e medos como qualquer jovem, mas tudo isso ficou no passado. O novo Peter é frio e destemido a conseguir seu objetivo: aniquilar o maior número de vampiros possível. No entanto, tudo sofre uma reviravolta quando se vê obrigado a realizar uma missão à Família de vampiros que procura há muito tempo: caçar e matar um lobisomem. O que Peter não esperava era se apaixonar por ele e acabar por descobrir um segredo muito antigo que pode ajudá-lo em sua busca... Sempre ouvi dizer que a melhor pessoa para falar sobre o seu trabalho é, de fato, aquele que o concluiu. Decerto que o autor pode apontar todos os aspectos da sua obra, explicar seu processo de criação, assim como também esclarecer pontos que os leitores podem não ter captado em determinado momento. Mas será mesmo que o autor é a pessoa mais qualificada para falar sobre seus livros? Poderia escrever um singelo "óbvio" aqui, mas me privo desse direito.
Como mencionei, o autor pode, sim, dizer tudo sobre o livro, mas não porque ele é a pessoa ideal para falar sobre. Em minha condição de autor, explico: quando uma pessoa pega determinada obra para ler, ela já traz uma carga de vivência e, portanto, há diversos fatores que influenciam o leitor a não ver o livro da mesma maneira que aquele que o escreveu. Nõa é raro, acredite. O autor, embora estabeleça e siga um enredo, embora saiba de tudo sobre o livro, acaba passando experiências que ele mesmo não tinha previsto. É um ato involuntário. Por isso há tantas opiniões diferentes sobre uma mesma obra, o que, de forma alguma, tira o brilho dela. Temos a mania de refletir sobre o que lemos levando nossa vida como base - aqui se inclui nossa própria história ou leituras anteriores - e por isso, às vezes, acabamos entendendo melhor a obra do que o próprio autor. SINOPSE: Eena não faz ideia do segredo que seu passado esconde. Acredita ter nascido em Altinópolis, ser filha de Mara e Cleiton e ter um irmão chamado, David. No entanto essa família nunca fora a sua de verdade. Tragicamente, Mara e Cleiton falecem em um acidente, deixando a jovem apenas com seu irmão. Ela passa a ser atormentada por visões estranhas de rostos e um lugar do qual jamais viu. Logo após a sua perda, recebe a misteriosa carta da tia Natasha, quem nunca havia visto, convidando-a para morar em sua casa em Gramado. Certa de sua decisão, Eena parte para seu novo lar, imaginando que a mudança lhe fará bem, que a saudade dos pais sumirá um pouco, ou, quem sabe, com as suas visões. Mas isso se torna apenas o início de sua verdadeira jornada. Embora Mara e Cleiton tenham levado consigo um segredo para o túmulo, Lin, uma garotinha anjo, mostrará a ela sua verdadeira história e a levará para o reino de Valera. Um lugar mágico, poderoso e lendário. Primeiro, devo fazer uma observação: a Mylena é uma grande amiga minha, nos conhecemos, inclusive, graças a essa obra, ainda no ano passado. Fiquei muito contente quando recebi o exemplar, óbvio, no entanto, independente da nossa amizade, serei sincero na minha análise. Bora lá: A Herdeira de Ótavos, da Mylena Araújo, é o primeiro livro da trilogia Valera, uma série de fantasia. Nesse período da história, a ênfase está sobre Eena, uma garota aparentemente normal, mas que, sem saber, descende de uma linhagem real de um mundo mágico. Mapa por Clayton De La Vie (eu) Asha, sua mãe, é filha de Barron, o príncipe que usurpou o trono do próprio pai, o rei Ótavos, e que governa o mundo com mãos de ferro. O reino de Valera foi muito bem elaborado; há uma variedade considerável de povos e cada povo tem sua própria linguagem, seus costumes e, claro, suas leis. Isso implica que, se um descendente for parar nos domínios dos anjos caídos, por exemplo, essa criatura terá de ser submetida às leis daquele povo. Obviamente, por haver algumas discordâncias entre todas as linhagens, também há bastante guerra civil dentro do reino. Alguns rebeldes, outros traidores ou seres que visam destruir tudo ao seu redor mesmo.
Eena é levada à Valera às pressas, pois está ligada a uma antiga profecia. Aí entra o dilema da história: Eena se vê como uma humana, não como um ser mágico, ela acredita fielmente que os pais, Mara e Cleiton, mortos semanas antes em um acidente de carro, não teriam capacidade de serem dotados de magia. E, então, a garota acaba descobrindo a verdadeira história sobre sua origem - sem spoiler. Como consequência, Eena resolve aprender sobre seus costumes originais, a manusear armas e dominar a magia que está em sua essência. Em contrapartida, Barron trama destruí-la para que a profecia não se cumpra. Eena não é uma pessoa burra, como tenho observado muitos dizerem por aí, ela é apenas uma adolescente em fase de adaptação. Se imagine no tempo de colegial quando você foi obrigado a se mudar de escola e ter de estudar com outras pessoas que desconhecia completamente e o olhavam com desdém. Não é desconfortável? Agora imagine-se em um mundo onde a magia é natural, onde tem plantas que podem matar com um simples toque, onde anjos andam de lá pra cá munidos de flechas, como se sentiria? Essa é a questão que a envolve, ela está assustada, desconfiada e mesmo assim arrisca a própria vida para que os amigos recém-descobertos possam viver em paz em suas tribos. Em todos os sentidos, A Herdeira de Ótavos foi bem construído: a história dos personagens, no decorrer da leitura, vai se misturando de tal forma que, em determinado ponto, o leitor percebe que tudo e todos podem fazer parte de algo muito maior do que imaginavam a princípio e, além disso, o livro traz reflexões sutis sobre a humanidade de cada um. Mostra que o amor materno é a única salvação em tempos sombrios e nos ensina que ninguém pode estufar o peito para exclamar ser melhor que o outro, afinal as situações se alteram, e o pior de hoje pode ser o melhor de amanhã. FICHA TÉCNICA: Título: A Herdeira de Ótavos Série: Valera Autora: Mylena Araújo ISBN-13: 9788567208169 ISBN-10: 8567208165 Ano: 2014 / Páginas: 280 Idioma: português Editora: TDL SINOPSE: Tudo aquilo que existe, precisou primeiro não existir. Se tudo o que existe é real e sua base foi a não existência, então tudo o que não é real existe como base de tudo o que é real. Aqui estão os fragmentos dessa verdade semi-mentirosa. Esquimolândia é uma série de quatros livros que narram as aventuras impossíveis de personagens distorcidos em um mundo caótico e sem sentido. Tal qual o mundo que chamamos de mundo. Porém, Esquimolândia não tem a responsabilidade forçada de ser coerente o tempo inteiro, ou em tempo algum. Esquimolândia é um mundo feito sob medida para quem gosta de viver os exageros contidos da existência. Com uma proposta nada ortodoxa, Ulisses Alves nos transporta ao espetacular mundo de Esquimolândia. O livro apresenta um planeta Terra confuso, onde tudo e exatamente nada podem ocorrer de forma simultânea, onde ruas desaparecerem ou trocam de lugar com o céu e onde, também, velhas surdas e mudas conseguem formular frases através de seus lábios sem cartilagem. Pode parecer estranho, a princípio, no entanto a forma com que o autor conduz o texto deixa tudo bem esclarecido. A realidade é atrapalhada, mas isso não interfere na conclusão da história. Uma profecia escrita por um sábio extremamente sábio que sabia de tudo que era necessário saber sobre a sabedoria sábia do mundo esquimó especificava que quando a vassoura perdesse o braço, o menino Valter perdesse a casa e o menino Danilo perdesse a carteira algo aconteceria. Mediante a descoberta dessa profecia, Valter parte pelo mundo em busca de respostas e do outro portador da profecia, Danilo. Contudo, pelo caminho, Valter se depara com muitos desafios. Um, em particular, é o desequilíbrio de Esquimolândia. O que já era confuso ficou extremamente caótico. O que deve acontecer com o encontro dos dois garotos? O que o sábio sabia sobre eles? Eram essas as questões que Valter pretendia descobrir, sem sequer imaginar que nem toda profecia traz benefícios para os envolvidos. Esquimolândia não é somente uma história bagunçada, como já observei acima, o livro trata de questões sérias, que muitas vezes deixamos passar despercebidas, mas com bastante bom humor. Com a história, podemos perceber o quão importante é ter um amigo ao lado, o quanto a família pode incluir empecilhos em nossos sonhos e conquistas e também que nem sempre o que buscamos é o ideal para a nossa vida naquele momento. De linguagem simples e contínua, a leitura é indicada para todos os públicos, em especial para o infanto-juvenil, que poderá não só se divertir como se identificar com algumas situações. FICHA TÉCNICA:
Título: Esquimolândia Autor: Ulisses Alves ISBN-13: 9789895115334 ISBN-10: 9895115334 Ano: 2014 / Páginas: 61 Idioma: português Editora: Chiado editora Não é necessário estudo para percebermos que, nos últimos anos, a tecnologia tem mudado completamente a rotina do ser humano. Graças à constante inovação tecnológica, inclusive, o mercado editorial abriu uma nova categoria, onde autores, iniciantes ou não, conseguem disponibilizar as suas obras com mais facilidade: os e-books. Motivo de discriminação por parte de muitos leitores, os e-books vêm conquistando cada vez mais espaço nas estantes virtuais – afinal, com eles, surgiram leitores adequados. O receio em ler e-book, muitas vezes, é compreensível, já que gera um certo desconforto quando a leitura precisa ser interrompida por culpa de uma chamada no celular ou uma luz que pisca na tela do computador indicando uma mensagem em alguma rede social, e por aí vai. Entretanto, aqui, não são esses os pontos que pretendo abordar, mas, sim, os valores dessas obras. Em média, um livro impresso – aqui no Brasil – custa em torno de R$25,00; um valor razoável, se levarmos em consideração o tempo que o autor investiu para concretizar o trabalho, a revisão textual, a editoração, a diagramação, a impressão e demais serviços editoriais e gráficos. Contudo, o e-book tem um valor ainda mais baixo; no Amazon, uma plataforma online conhecida mundialmente, por exemplo, há livros que custam apenas R$1,99, e diversos leitores têm reclamado dos preços. Muitos alegam que, por não serem impressas, essas obras não deveriam custar tanto, como se o preço fosse gritante a ponto de assaltar as suas carteiras. O que muitos não sabem, ou fingem não saber, é que o fato de o livro não ter sido impresso não anula todo o trabalho empregado em sua criação, tal como o tempo gasto durante a escrita, a revisão e, acredite, a diagramação. Fazer um e-book não implica somente em disponibilizar o texto on-line, são necessárias algumas horas de treino até que o autor aprenda a manipular determinado programa e apresente como resultado final um e-book que, assim como o livro físico, não agrida a sua visão. Portanto, caro leitor, se você acha que o livro perde o valor simplesmente por não conseguir tocá-lo ou sentir o tão singular cheirinho de livro novo, se acha que o trabalho do autor deve ser desmerecido ou que ele não se empenhou o suficiente para que você se sentisse agradado, está na hora de repensar algumas situações. |
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